O Conselho Deliberativo do São Paulo Futebol Clube autorizou a contratação de um empréstimo de R$ 50 milhões junto ao Banco Daycoval. A votação, iniciada na segunda-feira (18) e encerrada na terça-feira (19), registrou 79,13% de votos favoráveis (171 conselheiros) e 19,07% contrários (41 votos).
O novo crédito será incorporado ao fluxo de caixa do clube, que enfrenta crise financeira. Atualmente, o Tricolor utiliza um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) administrado pela Galápagos Capital. O mecanismo impõe diretrizes de austeridade, mas não impede a captação de recursos adicionais.
Previsão de endividamento
Para o exercício de 2025, a diretoria estima recorrer a pouco mais de R$ 200 milhões em operações de crédito, valor que contempla empréstimos bancários e repasses do próprio FIDC. O fundo tem meta global de levantar R$ 240 milhões para quitar dívidas com instituições financeiras. A criação do FIDC foi aprovada em outubro de 2024 pelo mesmo Conselho Deliberativo.
Dívida perto de R$ 1 bilhão
O balanço de 2024 apontou endividamento total de R$ 968,2 milhões, contra R$ 666,6 milhões em 2023, aumento de R$ 301,5 milhões. Um dos fatores para o crescimento foi a frustração na venda de atletas: o clube projetava arrecadar R$ 174,1 milhões, mas recebeu R$ 93,3 milhões, diferença de R$ 80,7 milhões.
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Meta de superávit em 2025
Apesar do cenário, o diretor de futebol Carlos Belmonte afirmou, em 9 de agosto, após a partida contra o Vitória pelo Campeonato Brasileiro, que o São Paulo pretende fechar 2025 com superávit. Segundo ele, o clube reduziu a folha salarial do primeiro semestre em quase R$ 8 milhões e não realizou contratações mediante pagamento de transferências, estratégia para conter despesas.
Com informações de UOL Esporte / Gazeta Esportiva