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Bahia abusa dos erros ao longo do Brasileiro e amarga queda; confira a retrospectiva
Rebaixamento do tricolor é duro castigo numa temporada que começou promissora

Campeão da Copa do Nordeste e de campanha regular na Copa Sul-Americana. A julgar pela primeira metade da temporada 2021, o Bahia teria no Campeonato Brasileiro projeção melhor do que a do ano anterior, em que brigou intensamente para não cair. O começo interessante de temporada permitia um planejamento que envolvia uma luta mais nobre na competição, mas a realidade foi completamente outra.
Perdendo a inspiração no meio da temporada e acumulando desacertos, o Tricolor Baiano ficou envolvido na briga contra a degola durante a maior parte do campeonato, e, no final, não resistiu e acabou rebaixado. Relembre com detalhes a temporada:
Muito bem, obrigado…
A atual temporada começou como terminou a anterior: um time em grande fase e colecionando grandes resultados. Ao dar o gás para fugir do rebaixamento no Brasileiro 2020, que se encerrou apenas em fevereiro deste ano, o Bahia manteve o embalo e começou com tudo a caminhada para a nova disputa. Os resultados iniciais na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil empolgaram a apaixonada torcida tricolor.
Envolvido também na disputa da Copa Sul-Americana, o Esquadrão fazia partidas consistentes e dava indícios de grande temporada. A equipe comandada por Dado Cavalcanti tinha como destaque o grande poderio ofensivo, uma artilharia pesada que garantia os triunfos.
Consagração…
Eliminado na Copa Sul-Americana apesar da boa participação, o Esquadrão de Aço seguiu firme na Copa do Nordeste. Ascendendo à final, a equipe reencontrou o Ceará e não perdeu a oportunidade de dar o troco da derrota na edição anterior. Após perder a primeira partida em casa, o Bahia foi ao Castelão e igualou o agregado, vencendo depois a disputa nos pênaltis para sair com o caneco.
O título deu moral à equipe, que seguia adiante na Copa do Brasil e começava bem o Brasileiro. Nas primeiras rodadas, o time baiano tratou de se situar na parte de cima da tabela, ocupando sempre no mínimo o G-6 até a 11ª rodada.
A fonte secou…
A partir daquele momento, um fator chave foi crucial para a derrocada que o Bahia passara a viver. Maior virtude do time até então, o ataque do Esquadrão de Aço passou a ser menos operante. A defesa, por sua vez, ruiu e passou a ser uma das mais vazadas da competição.
O reflexo imediato na crise em campo foi uma sequência de seis jogos sem vencer no Brasileiro, responsável por fazer o time despencar na tabela. Em paralelo a isso, veio ainda a eliminação na Copa do Brasil para o Atlético-MG. A má sucessão custou o cargo de Dado Cavalcanti, que foi substituído de pronto por Diego Dábove.
O contexto que o argentino encontrou no Bahia já era o da luta contra o rebaixamento. A missão do ex-técnico do San Lorenzo era retomar a boa fase do Tricolor e afastar a equipe do Z-4, recolocando-a nos trilhos. Porém, após apenas seis jogos (e seis pontos conquistados), o técnico anunciou seu desligamento da equipe.
A última cartada…
Já na zona de degola, o Bahia resolveu apostar suas fichas em um velho conhecido: Guto Ferreira. Com passagens pelo Tricolor Baiano entre 2016 e 2017 e também em 2018, o treinador ainda enfrentou o clube nas últimas duas decisões da Copa do Nordeste, pelo Ceará. Deixando o comando do Vozão durante o Brasileiro, o “Gordiola” assumiu o time baiano com a grande responsabilidade de garantir a permanência.
O começo com Guto animou e a equipe pegou uma boa sequência invicta, fundamental para sobreviver na briga e, sobretudo, devolver a moral ao time. Faltando oito rodadas para o fim do campeonato, o Esquadrão abrira importante vantagem de 5 pontos para a zona.
Porém, alguns erros de um passado recente no campeonato voltaram a aparecer. Pouco inspirado no ataque e sem solidez defensiva, o Bahia voltou a acumular maus resultados que, combinados à melhora do desempenho da concorrência, devolveram a equipe ao sufoco.
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Reta final dramática…
Na reta final, o Tricolor precisava de uma matemática simples — e uma tarefa não tão simples assim: vencer três das últimas cinco partidas. A equipe se encheu de moral ao vencer o confronto direto contra o Grêmio, mas arrefeceu logo na partida seguinte, quando perdeu duelo para o Atlético-GO com gol nos acréscimos.
Em sequência, quem apareceu no caminho do Bahia foi o Atlético-MG, justamente em seu jogo do título — bastava vencer na Fonte Nova para celebrar o bicampeonato. O Tricolor, de forma heroica, abriu 2 a 0 sobre os virtuais campeões e levou a torcida ao delírio, mas, em poucos minutos, viu a virada do time mineiro. O lado alvinegro comemorava o título, enquanto, do tricolor, tomava conta a apreensão.
Para não depender de ninguém, o Bahia precisava vencer as últimas duas partidas do campeonato. No domingo, triunfo sobre o Fluminense que incendiou a Fonte Nova e encheu a torcida de otimismo para o duelo final, na quinta-feira, contra o Fortaleza — que já celebrava a vaga inédita na Libertadores —, no Castelão.
Mas a sorte não estaria ao lado do time baiano no duelo dos tricolores. Após abrir o placar e ficar próxima da permanência, a equipe permitiu a virada dos cearenses e falhou na missão. Sucessivos erros e maus momentos em alturas cruciais do campeonato fizeram com que o Bahia arrefecesse. Para a apaixonada torcida que se empolgou no início da temporada, fica a frustração do duro rebaixamento.
Bahia
Autor do gol da vitória, Rhuann celebra atuação do Bahia de Feira e pede foco por vaga na semi do Baiano: “Não podemos vacilar”

Atacante marcou o segundo gol do Tremendão no triunfo por 2 a 1 sobre a Juazeirense no último domingo (06), e ajudou a colocar o time feirense na vice-liderança do Estadual.
O Bahia de Feira segue firme na luta por uma vaga nas semifinais do Campeonato Baiano. No domingo (06), o Tremendão bateu a Juazeirense, por 2 a 1, na Arena Cajueiro, e assumiu a vice-liderança da competição.
Autor do gol que garantiu a vitória tricolor, o atacante Rhuann comemorou a bola na rede e enalteceu o emprenho de toda a equipe na partida.
“É sempre muito bom poder ajudar o time com gols, ainda mais quando ele nos proporciona um resultado final favorável. Dedico esse gol para minha família, torcedores, e principalmente para meus companheiros de equipe, que se doaram ao máximo durante todo o jogo. São todos merecedores dessa vitória”, celebrou o jogador.
Restando apenas duas rodadas para o fim da primeira fase, o triunfo diante da Juazeirense colocou o Bahia de Feira no segundo lugar na tabela do Estadual, com 14 pontos, abrindo cinco de vantagem para o Vitória, primeiro time fora do G-4.
Por isso, Rhuann ressaltou a importância do time feirense ter saído vitorioso do confronto, e acredita ainda que o resultado positivo deixou o Tremendão mais próximo da semifinal.
“A gente sabia que não poderia deixar de ganhar esses três pontos, principalmente jogando em casa. Graças a Deus conseguimos a vitória que nos deixa com a classificação um pouco mais encaminhada. Agora é focar nos dois últimos jogos e seguir fazendo nossa parte, até porque tem muito time bom vindo logo atrás da gente e não podemos vacilar”, destacou o atacante.
O Bahia de Feira volta a campo no próximo domingo (13), quando recebe o Doce Mel, às 18h30, na Arena Cajueiro, pela penúltima rodada do Baianão.
Bahia
Com 43% de aproveitamento, Bahia tem pior início dos últimos 9 anos

A situação não está fácil no Bahia. Nesta quarta-feira o Tricolor saiu de campo mais uma vez derrotado, desta vez contra o Barcelona de Ilhéus, por 0 a 1. Jogar em casa não foi o suficiente para trazer um bom resultado.
Com a derrota, o Bahia está com 43% de aproveitamento neste início de temporada e este é o pior começo dos últimos 9 anos. A última vez que a equipe esteve assim foi em 2013. Mas de lá para cá teve um bom início em 2015, 2016 e 2017, com aproveitamento superior a 70%. Na última temporada os mesmos 7 jogos renderam 53% de aproveitamento para a equipe baiana.
Uma justificativa para estes resultados é o início de temporada com aspirantes. Como o início de ano tem um calendário muito puxado com pré temporada, Copa do Nordeste e Campeonato Baiano, a tendência dos treinadores é atuar com um elenco misto.
Outra situação é que muitos novos nomes ainda estão chegando na equipe. E até que haja o entrosamento é normal alguns tropeços.
Guto Ferreira
O treinador não está na equipe desde o início da temporada. Mas apesar dos problemas, ele acredita que o Bahia pode evoluir nos próximos jogos. Para ele este início de temporada com pouco espaço para a recuperação do desgaste físico dos atletas é que acaba prejudicando o elenco.
Mas Ferreira também acredita que o melhor elenco ainda está por vir. Neste início de temporada acontecem muitos testes nos treinos e em partidas oficiais. Assim a tendência é sempre evoluir para melhor.
Próximo teste
Diante do resultado no estadual, o Bahia agora precisa se preocupar com a Copa do Nordeste. A equipe volta a jogar neste sábado, na Arena Fonte Nova, porém contra o Globo FC, pela Lampions League.
A partida faz parte da 4ª rodada da competição e tem início programado para às 17h45.
Foto: @ECBahia.
Bahia
Bahia e Barça terá torcedores nas arquibancadas nesta próxima quarta-feira

A Arena Fonte Nova, casa do Bahia, deve ter novamente torcedores nas arquibancadas a partir desta quinta rodada do Campeonato Baiano. O jogo acontece nesta quarta-feira contra o Barcelona de Ilhéus e é o momento ideal para o Tricolor quebrar a sequência de três empates e uma única vitória na competição.
Hoje o Bahia é o quinto colocado na tabela com seis pontos, fora da zona de classificação. Já o líder é o Jacuipense, que está com 12.
Nesta quarta-feira, 09 de fevereiro, a partir das 19h15, o torcedor baiano poderá estar na torcida, mas há um número limitado de público. É uma nova oportunidade para acompanhar a equipe, já que nas últimas duas partidas o clube fez jogos de portões fechados para não ter prejuízo.
Mas para estar na Arena Fonte Nova, é preciso ser Sócio Acesso Garantido. O check in deve ser feito pela internet, além da consulta dos nomes, que poderá ser feita até às 17h desta terça-feira (08/02).
Sem público
A decisão de manter os portões fechados, foi em relação ao contrato fechado com a Arena Fonte Nova. Mas a limitação de público nos estádios, fez com que o Bahia saísse no prejuízo, mesmo com a torcida nas arquibancadas.
Inicialmente seria liberado ao menos 3 mil torcedores, porém o público ficou limitado em 1.500. Assim em reunião com o Conselho Deliberativo, a decisão foi manter fechado os portões.
Agora no novo acordo, todos os gastos para a execução dos jogos será dividido entre os dois clubes participantes.
Assim mesmo com a limitação de público nos estádios, os valores das custas ficam menores. Mas a expectativa é que as restrições cheguem ao fim nos próximos dias, para que a Fonte Nova tenha ao menos 50% da capacidade.
Estas restrições são um decreto da secretaria de saúde do estado.
Próximo jogo
Passando dois fins de semana, o Bahia vai até o Adauto Moraes para enfrentar o Juazeirense na 6ª rodada do Campeonato Baiano. O jogo acontece a partir das 16h do sábado, no dia 26 de fevereiro.
Foto: @ECBahia.