No Clássico de Florianópolis, a vitória teria de vir de qualquer maneira, para ambos. Avaí e Figueirense viviam situações parecidas na tabela e nos baixos números.
Com o poder de decisão que apenas uma rivalidade pode emitir, Leão da Ilha e Furacão do Estreito foram a campo na Ressacada sabendo da importância de conseguir bom resultado.
E, neste primeiro clássico sem torcida em 96 anos de história, com vitória magra, suada – não havia de ser diferente – o Avaí levou a melhor, agora mudando a mentalidade: pelotão de cima à vista. Para o Figueira, mais uma rodada de preocupações com o Z4.
O Avaí enfrentou bloqueios criativos, em partes devido à boa marcação do Figueirense. Assim, em resposta à postura defensiva do Furacão, o Leão decidiu ceder a bola ao adversário e explorar as jogadas de contra-ataque. Com isso, criou boas chances e por pouco não abriu o placar ainda na primeira etapa.
O Figueira manteve o domínio da bola durante grande parte do jogo, totalizando 65% de posse e somando quase o dobro de passes do Avaí, porém, a timidez ofensiva pouco fez Lucas Frigeri trabalhar.
Athletico não fura bloqueio boliviano, mas se garante nos mata-matas
Assim também, o Avaí também não caprichava na pontaria. Muitos chutes levavam real perigo à meta de Rodolfo, principalmente com o uruguaio Gastón Rodríguez, mas poucos tinham a direção do alvo. Pelo volume de criação, o gol se aproximava e estava apenas pelo detalhe do capricho final.
Este viria já na reta final da partida. Rômulo arriscou de longa distância e acertou a trave alvinegra. No rebote, a bola encontrou Gastón, que só tocou para o gol aberto. Foi apenas o segundo chute certo azurra. Enfim, o suficiente, em um momento mais do que certo.
Logo depois, o Figueirense ficou com um a menos, o zagueiro Alemão acabou expulso. Imediatamente, Geninho trocou então Rodríguez pelo zagueiro Eduardo Kunde, e fechou a casinha até o apito final, sem grandes emoções até lá.
Vitória em castelhano: Gastón marca pela segunda vez na Série B. Gol essencial, que certamente dará mais moral ao gringo entre os ‘manezinhos’.