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Corinthians: contra o Cuiabá, garotos do Terrão pedem passagem e mostram aptidão a contribuir no Brasileiro

O Corinthians bateu o Cuiabá por 2 a 1 jogando na Arena Pantanal, no encerramento da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, e, assim, chega à primeira página da tabela de classificação, em décimo, com 17 pontos. O Timão conseguiu a quarta vitória na competição e, aproveitando o equilíbrio da parte intermediária da tabela, se afastou da zona de rebaixamento, passando a enxergar as vagas para a Libertadores.
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Cercados de expectativas, os experientes Giuliano e Renato Augusto, novos reforços corintianos, não estiveram em campo na capital mato-grossense. O primeiro ainda retoma a forma física, enquanto o segundo ainda está no período de integração ao clube. No entanto, veio dos pés da juventude corintiana a importante vitória: Roni e Adson, crias das categorias de base, marcaram ainda na primeira etapa e carregaram o Timão aos três pontos.
Muito se fala de que a experiência resolve de maneira pontual e a juventude é para as projeções de médio-longo prazo. No entanto, as crias do Terrão colocam desde já as dúvidas na cabeça do técnico Sylvinho, comandante também jovem em sua função e que resolveu apostar nos garotos, após certa resistência no trabalho anterior, com Mancini. Para o atual treinador, os jovens constituem parte importante na sequência de jogos do time Alvinegro.
Além de Roni e Adson, que brilharam nesta noite em Cuiabá, muitos outros garotos já foram testados na temporada e vêm procurando oportunidades para desenvolver seu futebol. Caso de Marquinhos, Xavier, Gustavo Mantuan, Vitinho, Gabriel Pereira, Rodrigo Varanda, Cauê e Felipe Augusto. Alguns destes já vêm recebendo chances desde o Campeonato Paulista, mas é com Sylvinho que as portas abriram para a grande maioria, e em forma de sequências.
Reformulação…
Quando um grande clube atravessa um momento de reciclagem, os olhares automaticamente se viram para as categorias de base. A pergunta que costuma se fazer é: “conseguirão estes jovens atletas criar um futuro positivo para o clube?”. Os torcedores corintianos, já acostumados com a ideia de que o período de austeridade implica numa diminuição das aspirações da equipe, veem nos jovens a esperança de reverter esta perspectiva e devolver o clube ao lugar de prestígio antes do tempo esperado.
Não à toa o Corinthians é o maior campeão da Copa São Paulo de Futebol Juniores, principal torneio de base do futebol brasileiro. O Terrão sempre trouxe grandes frutos ao futebol do Timão – não mentem Rivellino, Casagrande, Viola, Wladimir, e os próprios Sylvinho e Jô –, e, hoje, são mais necessários do que nunca no Século XXI.
“Terrão” e um simbolismo…
Desde 2010, o tradicional campo de terra batida, onde se realizavam as peneiras do Corinthians, abandonou os traços antigos e adotou a grama sintética. O nome, no entanto, não se alterou: continua remetendo ao primeiro passo de um garoto na chegada ao Timão. E, as dificuldades encontradas em sobreviver às difíceis condições do campo vão ao encontro da própria identidade corintiana: jogar com garra e ter de demonstrar uma habilidade acima do normal. O símbolo prevalece.
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Como escalar o Corinthians? Veja algumas das possibilidades para formar a equipe

O Corinthians ainda não encontrou seu novo treinador. O nome mais ventilado dos últimos dias é o do português Luís Castro, que negocia também com o Botafogo e estaria, inclusive, mais perto dos cariocas. A procura continua, e, enquanto isso, o Timão vai sendo comandado por seu auxiliar Fernando Lázaro.
A saída de Sylvinho foi bem vista por grande parte da torcida, que acreditava que a equipe, uma das melhores do país no papel, deveria render melhor em campo. E uma das principais queixas com o antigo treinador é justamente a falta de variações de esquemas táticos. Apesar da enorme versatilidade que as peças oferecem, Sylvinho persistiu no 4-1-4-1 e exauriu a Fiel.
Dessa forma, não restam dúvidas de que o próximo comandante corintiano terá a tarefa da rotação como uma obrigação, afinal, os torcedores querem ver a equipe testando possibilidades. E não é para menos: em um time com tantas opções, especialmente do meio pra frente, é inevitável que surjam, naturalmente, diferentes formações. Confira algumas delas:
4-2-2-2
Formação típica no futebol brasileiro, tendo Vanderlei Luxemburgo como um dos principais entusiastas, o 4-2-2-2 traz leveza ao time e prevê interações curtas nas criações de jogadas, o que favoreceria a criatividade. A mobilidade fica em primeiro plano, deixando um pouco de lado a setorização.
O esquema daria possibilidade para que Giuliano e Willian fizessem dupla de meias, tendo Paulinho como variável (reserva imediato ou iniciador a depender de como o jogo se apresenta). No ataque, uma dupla móvel com o garoto Gabriel Pereira tendo liberdade para interagir fora da área, mas aproveitando de sua explosão para invadir o grande quadrado, como típico segundo atacante.
Escalação:
Cássio (Ivan); Fagner, João Victor, Gil (Raul Gustavo) e Fábio Santos (Lucas Piton ou Bruno Melo); Du Queiroz (Cantillo) e Renato Augusto; Giuliano e Willian (Paulinho); Gabriel Pereira e Róger Guedes.
4-1-3-2
Nesta possibilidade, um meio campo mais denso que priorizaria construção em toques curtos somaria a um ataque móvel, sem referências claras na área; todos participam da construção de jogadas gradualmente. Um exemplo similar é o do Flamengo de 2019, sob comando de Jorge Jesus.
Um volante se posicionaria atrás da trinca de meias (Du Queiroz dá mais segurança defensiva, Cantillo contribui melhor com o primeiro passe), mas, na prática, seria auxiliado por outros jogadores do setor – especialmente Paulinho e Renato Augusto. Gabriel Pereira seria opção para entrar tanto no ataque quanto no meio, especialmente sendo o meia pela direita, onde tem origem. Willian ficaria mais à frente, como segundo atacante deslocado, mas que buscaria a interação com os construtores, coisa que Guedes já vem – e continuaria – fazendo.
Escalação:
Cássio (Ivan); Fagner, João Victor, Gil (Raul Gustavo) e Fábio Santos (Lucas Piton ou Bruno Melo); Du Queiroz (Cantillo); Paulinho (Gabriel Pereira), Renato Augusto e Giuliano; Willian e Róger Guedes;
4-3-1-2
Boa opção para jogos onde se requer uma postura mais conservadora, o trio de volantes/meio-campistas protege a intermediária e dá uma saída rápida, inclusive possibilitando mais descidas dos laterais.
É a oportunidade para que Cantillo seja, enfim, titular, e tenha uma função fundamental: primeiro dos três volantes, faria o regimento do meio do campo. A seu lado, Du Queiroz daria a dose de segurança defensiva e Renato Augusto (ou Paulinho) faria a conexão com o setor de frente. Giuliano ganharia liberdade para armar o jogo e, na frente, Guedes e Willian, novamente mais avançado. GP entraria tanto para jogar na dupla de ataque quanto para compor meio com Giuliano.
Escalação:
Cássio (Ivan); Fagner, João Victor, Gil (Raul Gustavo) e Fábio Santos (Lucas Piton ou Bruno Melo); Cantillo, Du Queiroz e Renato Augusto (Paulinho); Giuliano; Willian (Gabriel Pereira) e Róger Guedes;
3-4-2-1
Com três zagueiros, o Timão teria um pouco mais de densidade no meio, mas compensaria tendo mobilidade nas alas.
Lucas Piton, próprio da função pela esquerda, ficaria com a vaga. No meio, Cantillo e Renato Augusto seriam essenciais na distribuição, principalmente ao acionar o jogo pelos lados, e poderiam fazer marcação por zona, sem se preocupar com o duelo direto defensivo (se for este o caso, Du Queiroz entra). Giuliano e Willian cairiam pelos lados para interagir com os dois alas (e Paulinho seria a reposição fixa para qualquer um dos dois). Na frente, Jô pode voltar e ser o homem de referência, recuando ou tomando lugar de Guedes – que, por sinal, também se daria bem atuando na linha de dois.
Escalação:
Cássio (Ivan); João Victor, Gil e Raul Gustavo (Bruno Melo); Fagner, Cantillo (Du Queiroz), Renato Augusto e Lucas Piton; Willian (Gabriel Pereira) e Giuliano (Paulinho); Róger Guedes (Jô).
3-1-4-2
Nesta outra hipótese, também de três zagueiros, teríamos quase todas as estrelas corintianas colocadas juntas em campo.
Isso porque Fagner seria deslocado para fazer o zagueiro pelo lado direito, um defensor que auxiliaria na construção desde a base da jogada – assim como Raul Gustavo, zagueiro pela esquerda. Os alas seriam GP e Piton – este com mais obrigações defensivas, podendo eventualmente recompor linha de 4 na defesa. O volante seria tanto Du Queiroz como Cantillo, sempre dependendo de como o jogo se apresenta.
Na linha de meio-campo, Renato e Paulinho fariam dupla de volantes, ou Giuliano se apresentaria um pouco mais espetado à frente. Willian, na prática, teria liberdade para se locomover e interagir principalmente com Paulinho e Renato, na criatividade e GP, com Róger, na mobilidade.
Escalação:
Cássio (Ivan); Fagner, João Victor e Raul Gustavo (Gil); Du Queiroz (Cantillo); Gabriel Pereira, Renato Augusto, Paulinho (Giuliano) e Lucas Piton; Willian e Róger Guedes.
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Cantillo está na Colômbia e desfalca Corinthians no clássico contra o Santos

O Corinthians entra em campo na noite desta quarta-feira (02/02) no clássico contra o Santos, a partir das 21h35, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. O jogo acontece na Neo Química Arena e é a oportunidade para o Timão se manter líder do Grupo A.
Por outro lado o Santos que vem de uma derrota e um empate nas primeiras rodadas, precisa da vitória para chegar à zona de classificação no Grupo D.
Desfalques
Mas o Corinthians vem à campo desfalcado. Cantillo está na Colômbia para ajudar a Seleção na etapa de classificação para a Copa do Mundo no Qatar. Além do colombiano, Sylvinho não vai poder contar com a presença do ídolo Cássio, que testou positivo para Covid.
Bruno Melo foi liberado para resolver problemas pessoais, Willian vai ser poupado neste clássico e Ruan Oliveira está passando por uma revisão cirúrgica de lesão.
Assim o treinador deve mandar à campo a seguinte escalação:
- Matheus Donelli, Fagner, João Victor, Gil e Lucas Piton; Du Queiroz, Giuliano e Renato Augusto; Róger Guedes, Gustavo Mosquito e Mantuan.
Mostrar trabalho
Mas a torcida não está contente com o trabalho de Sylvinho, assim como foi no fim de 2022, apesar do trabalho que levou o Corinthians da ameaça de rebaixamento à classificação para a Libertadores.
Na última rodada o Timão venceu o Santo André, mas o desempenho não foi agradável para muitos. Assim o clássico contra o Santos vai servir para dar confiança novamente à torcida.
Mas o Santos também precisa mostrar trabalho. Com apenas 1 ponto e pouco futebol contra o Inter de Limeira e Botafogo SP, o alvinegro precisa de uma vitória para avançar na competição.
O clube contará com o retorno do treinador Fábio Carille ao banco, que está recuperado da Covid. E será também a estreia do camisa 10, Ricardo Goulart.
Foto: @Corinthians/Rodrigo Coca.
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Corinthians 0x0 Ferroviária: confira o pós-jogo da parida pelo Campeonato Paulista
Faltou o gol: Timão pressionou muito a Ferrinha em Itaquera, mas não conseguiu movimentar o placar e só empatou em estreia no Paulistão

Ficou devendo: jogando na capital paulista, o Corinthians ficou no empate sem gols com a Ferroviária na estreia das duas equipes no Campeonato Paulista 2022. O Timão martelou de todos os jeitos, mas a bola insistiu em não entrar na noite desta terça-feira (25), na Neo Química Arena.
Em uma grande atuação do goleiro Saulo, da Ferrinha, a equipe do Interior Paulista conseguiu segurar o resultado e celebra o empate conquistado. Leia a crônica da partida:
Crônica do jogo
O Corinthians começou a partida envolvendo a Ferroviária através de bom toque de bola. As triangulações de ataque resultaram na criação de boas oportunidades, porém a equipe de Sylvinho não conseguiu converter as oportunidades em gol.
A Ferrinha, de Elano, por sua vez, conseguia escapar em contra-ataques e ameaçar a meta de Cássio. A etapa inicial se encerrava com a promessa de gols para a complementar.
E assim que veio a segunda etapa, o jogo ficou de fato mais aberto. O Corinthians saiu da triangulação paciente para o ataque impetuoso e incisivo. A Ferroviária também aproveitava os espaços dados pelo meio-campo corintiano para arrumar contragolpes e tentar surpreender na Neo Química Arena.
Atração do Corinthians, Paulinho fez sua reestreia com a camisa alvinegra. E a entrada do volante fez diferença na criação corintiana. Por ele passaram muitas das jogadas da equipe, em maioria promissoras. Mas o insistente zero a zero não saía do placar.
O relógio andava e a pressão corintiana se intensificava, afinal o placar fechado em casa na estreia do Paulistão incomodava, e os jogadores mostraram que queriam sair da agonia para o alívio. A equipe de Araraquara, mais do que satisfeita com o bom resultado fora de casa, se acuava cada vez mais.
As chances vinham em profusão. O Timão martelava, martelava, martelava, mas não conseguia vencer o goleiro Saulo, melhor em campo àquela altura. O meio e o ataque faziam boa partida, a construção de jogo até tinha uma boa fluidez, mas no detalhe principal, que é a definição o Timão ficou devendo na estreia do Paulistão.
As oportunidades claras de gol apareceram até, literalmente, o último minuto de jogo. Já no abafa, o zagueiro Gil subiu bem e quase marcou de cabeça num escanteio. Ao apito final, o Coringão registrou 21 finalizações ao total, com sete em direção ao gol. Mas não era dia da bola entrar, definitivamente.
Escalações
Corinthians: Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Lucas Piton; Du Queiroz (Paulinho), Renato Augusto, Giuliano, Willian (Gustavo Mosquito) e Róger Guedes; Mantuan (Gabriel Pereira). Técnico: Sylvinho.
Ferroviária: Saulo; Bernardo, Arthur (Léo Rigo), Didi e João Lucas; Marquinhos, Uillian Corrêa, Gegê e Murilo Rangel (Rafael Luiz); Netto (Hygor) e Bruno Mezenga. Técnico: Elano.
Definições
As equipes largam com um ponto cada. O Corinthians inaugurou o Grupo A, que conta ainda com Guarani, Inter de Limeira e Água Santa. A Ferroviária, por sua vez, foi a primeira a pontuar no Grupo B, que conta com São Bernardo, São Paulo e Novorizontino, que perdeu para o Palmeiras na partida de abertura do campeonato, no último domingo.
Ambos voltam a campo no final de semana. A Ferroviária estreia em casa no sábado (29), recebendo o Água Santa, na Fonte Luminosa. Já o Timão tem desafio fora de casa no ABC Paulista, no próximo domingo (30), quando encarará o Santo André.