O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quinta-feira (28), para manter a prisão do ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de reclusão por estupro coletivo cometido em 2013, na Itália.
Com os votos favoráveis de André Mendonça, Cristiano Zanin e Edson Fachin, o placar chegou a 6 a 1 pela continuidade da custódia. Os três acompanharam o relator, Luiz Fux, além de Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Até o momento, Gilmar Mendes foi o único a defender a soltura do ex-atacante.
Ainda faltam se manifestar os ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques. Mesmo que todos votem pela liberação, a maioria favorável à prisão já está assegurada.
Histórico do processo
No fim de 2024, a Corte rejeitou por 9 votos a 2 um pedido de liberdade apresentado pela defesa. Os advogados recorreram, e o novo julgamento teve início em março. A análise foi retomada esta semana e deve ser concluída até amanhã.
Robinho foi condenado em última instância pela Justiça italiana, em 2022, a nove anos de prisão. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, a Itália solicitou que a pena fosse cumprida em território brasileiro. O ex-jogador está detido desde março de 2024 na Penitenciária II de Tremembé (SP).

Imagem: uol.com.br
Em 2014, durante as investigações, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou ter cometido violência. Ele repetiu a versão em 2020, em entrevista ao UOL. No mesmo ano, chegou a acertar retorno ao Santos, mas o clube suspendeu o contrato dias depois, diante da repercussão negativa.
Com a consolidação da maioria no STF, a manutenção da prisão permanece válida enquanto se aguarda a conclusão formal do julgamento.
Com informações de UOL