Mohamed Salah cobra explicação da UEFA sobre morte do ex-jogador palestino Suleiman Al-Obeid

O atacante egípcio Mohamed Salah, do Liverpool, questionou publicamente a UEFA neste sábado (10) após a entidade homenagear o ex-jogador palestino Suleiman Al-Obeid, morto na última quarta-feira (7) durante bombardeio israelense na Faixa de Gaza, segundo a Federação Palestina de Futebol.

Em publicação no Twitter, a UEFA se despediu de Al-Obeid, conhecido como “Pelé palestino”, exaltando seu talento e a inspiração deixada a jovens. A mensagem, porém, não mencionava as circunstâncias da morte. “Pode nos dizer como ele morreu, onde e por quê?”, escreveu Salah em resposta.

Cinco filhos e carreira reconhecida

Suleiman Al-Obeid tinha 41 anos e deixou cinco filhos, de acordo com a imprensa europeia. Ídolo local, ele era apontado como um dos maiores nomes do futebol palestino.

Relatos do bombardeio

A Federação Palestina de Futebol informou que o ex-atleta foi atingido enquanto aguardava ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza, área afetada por sucessivos ataques israelenses desde o fim de 2023.

Cantona critica ofensiva

Outro ex-astro do futebol europeu, o francês Eric Cantona, também reagiu ao episódio. Em seu Instagram, o ex-jogador do Manchester United acusou o Exército de Israel de “genocídio” e pediu fim da violência, lembrando que Al-Obeid morreu enquanto esperava auxílio em Rafah.

Números do conflito

Dados do Ministério da Saúde de Gaza, divulgados pela agência Associated Press, indicam que mais de 55 mil pessoas morreram desde o início da ofensiva israelense, há quase dois anos. Na quarta-feira (7), hospitais locais relataram a morte de 21 palestinos em filas para distribuição de água e alimentos.

O Exército de Israel afirmou, segundo a AP, que militares dispararam contra suspeitos considerados ameaças às tropas. A operação em Gaza começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e resultou na captura de 251 reféns. Até o fim de junho, 83 reféns haviam sido declarados mortos e 146 libertados ou resgatados; outros 22 permaneciam em cativeiro, conforme o Washington Post.

Com informações de ge.globo.com

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