O Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, ficará fechado por tempo indeterminado para investigação do Ministério Público da Argentina depois da briga generalizada entre torcedores do Independiente e da Universidad de Chile na noite de quarta-feira, pela Copa Sul-Americana.
A interdição foi determinada nesta sexta-feira (23) por medida cautelar do Tribunal da Província de Buenos Aires e confirmada pelo próprio Independiente. Consequentemente, a Agência de Prevenção da Violência no Esporte (Aprevide) suspendeu a partida entre Independiente e Platense, marcada para domingo, válida pelo Campeonato Argentino.
Antes da decisão, o departamento jurídico do clube tentava manter o jogo no local com presença de público, mas a diretoria já havia interrompido a emissão de vouchers para arquibancadas sociais e a venda de ingressos ao público geral.
Mais cedo, o ministro da Segurança de Buenos Aires, Javier Alonso, declarou à Rádio 10 que o duelo deveria ser transferido para outro estádio a fim de não atrapalhar as investigações. “Ficou evidente a falha da segurança privada. Normalmente vemos agentes cercando a torcida visitante, o que não aconteceu”, afirmou.
Nos bastidores, Independiente e Universidad de Chile articulam junto à Conmebol para evitar possível eliminação da competição continental. A Unidade Disciplinar da entidade ainda não tem prazo para anunciar um veredicto. Como referência recente, o Colo-Colo aguardou 20 dias por decisão após a morte de dois torcedores em confronto com a polícia, em abril, pela Libertadores; o Fortaleza acabou declarado vencedor por 3 a 0.

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Relatos da imprensa argentina apontam ao menos dez feridos graves no confronto de quarta-feira. A partida estava 1 a 1 — placar que classificava os chilenos — quando torcedores visitantes atacaram o setor local. Sem ação imediata dos seguranças, os argentinos revidaram, ampliando a violência. O jogo ficou paralisado por 40 minutos e, em seguida, foi cancelado pela Conmebol.
Após o episódio, a confederação sul-americana prometeu “máxima firmeza” na apuração. Em nota, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) cobrou punições severas, posicionamento que irritou a Associação do Futebol Argentino (AFA). Horas depois, a CBF recuou e informou que o comunicado inicial havia sido divulgado “sem conhecimento prévio”.
Com informações de UOL Esporte