Patrocínio recorde do Flamengo intensifica debate sobre SAFs nos clubes rivais

Rio de Janeiro (19/08/2025) – O Flamengo assinou ontem um contrato de patrocínio máster com a casa de apostas Betano no valor de R$ 250 milhões por temporada, cifra que coloca o acordo entre os dez maiores do futebol europeu em termos de receita de camisa. O montante é mais do que o dobro dos R$ 115 milhões pagos anteriormente pela Pixbet, até então o maior patrocínio do país.

Com o novo contrato, o clube rubro-negro amplia a vantagem financeira sobre os concorrentes diretos. Palmeiras e Corinthians, também patrocinados por empresas de apostas, recebem cerca de R$ 100 milhões anuais, valor que pode aumentar com metas e bônus, mas ainda distante da marca atingida pelo Flamengo.

Reação no mercado

O crescimento da receita rubro-negra aumenta a disparidade econômica no futebol brasileiro e pressiona outros clubes a buscarem novas fontes de investimento. No mesmo dia em que o acordo foi oficializado, o Fluminense deu sinal verde para iniciar o processo de transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

O Conselho Diretor aprovou a proposta apresentada pelo BTG Pactual, banco comandado por André Esteves, torcedor declarado do clube. O projeto ainda dependerá de votação em Assembleia Geral, etapa necessária para efetivar a mudança de modelo de gestão.

Exemplos e dívidas

Outro caso recente é o do Atlético-MG, que se tornou SAF após a aquisição pelo grupo liderado pelos empresários Rubens e Rafael Menin. Mesmo com a entrada de capital privado, a dívida do clube mineiro gira em torno de R$ 2 bilhões, segundo números divulgados pela própria agremiação.

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Imagem: uol.com.br

Enquanto isso, Flamengo e Palmeiras, donos das maiores receitas do país, mantêm o modelo associativo. Ambos passaram por processos de reestruturação financeira na última década, que incluíram ajuste de despesas e aumento de receitas comerciais, sem recorrer à venda do controle do futebol.

A corrida por novos investidores, impulsionada por acordos como o do Flamengo, tende a acelerar o debate sobre SAFs entre clubes endividados que buscam competitividade imediata diante do crescimento financeiro dos rivais.

Com informações de UOL

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