Santos encerra negociações com Jorge Sampaoli após série de exigências

SANTOS (SP) – O Santos desistiu de repatriar o técnico Jorge Sampaoli depois de vários dias de conversas. A diretoria entendeu que as novas exigências apresentadas pelo treinador tornaram o acordo inviável.

Três contratações e R$ 63 milhões em investimento

Sampaoli pediu a chegada de pelo menos três reforços: um lateral-esquerdo, um meio-campista e um atacante de velocidade. A ideia era substituir os jovens promovidos da base Souza, Gabriel Bontempo e Robinho Jr., que ganharam espaço no elenco principal nesta temporada.

De acordo com dirigentes alvinegros, o técnico buscava atletas “de nível europeu”, atualmente em grandes ligas do continente. O pacote exigido custaria, no mínimo, 10 milhões de euros — cerca de R$ 63 milhões — valor considerado fora da realidade financeira do clube neste momento.

Pedido de afastamento de 10 jogadores

Além das contratações, o argentino informou que não pretendia utilizar parte significativa do elenco atual e solicitou o afastamento de dez atletas. Para a cúpula santista, essa condição geraria novas despesas e complicaria ainda mais a gestão do grupo.

Negociação chegou a avançar

Antes do impasse, Santos e Sampaoli haviam alinhado tempo de contrato, salário e multa rescisória. O clube também aceitou que o treinador indicasse profissionais para o departamento médico. As demandas adicionais, porém, resultaram no recuo da diretoria.

Situação do treinador

Sem clube desde janeiro, quando deixou o Rennes, da França, Sampaoli disse ao jornalista argentino César Luis Merlo que se sentia honrado com o interesse santista, mas condicionava a assinatura ao reforço do elenco: “Estou disposto a assumir, mas pedi à diretoria que faça um esforço com os reforços para consolidar um bom projeto esportivo”.

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Imagem: uol.com.br

Pressão interna e externa

O Santos procura substituto para Cléber Xavier, demitido após a goleada sofrida diante do Vasco no último domingo. A derrota desencadeou protestos; torcedores invadiram o CT Rei Pelé na terça-feira, exibindo faixas e cantando contra dirigentes e atletas. Neymar, que integra o plantel, estava no centro de treinamento durante a manifestação, acompanhada pela Polícia Militar.

Com 21 pontos, o time ocupa a 15ª colocação do Brasileirão, a poucas posições da zona de rebaixamento. A diretoria reconhece que a definição do novo comandante será decisiva para o desempenho esportivo e para a relação com a torcida.

Com informações de UOL Esporte

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